Triste reprise!

Quem gosta de cinema já deve ter passado pela emoção de ver um mesmo filme mais de uma vez. Numa reprise, lá no fundo, sempre passa pela nossa mente a idéia de que, quem sabe, dessa vez, o herói terá outra reação e escapará das mãos dos bandidos e do sofrimento. Mas isso é só uma ilusão, pois o filme é o mesmo, nada mudou no roteiro e nada acontecerá de diferente. O que foi previsto para emocionar a platéia continuará acontecendo e comovendo o público.

Cada vez que lemos o texto da traição e da prisão de Jesus (Evangelho de Mateus 14: 43 – 52), temos a mesma sensação. Sabemos, de antemão, que Ele será traído por Judas, preso, torturado e, finalmente, pregado à cruz e morto. Mesmo assim, torcemos, quem sabe, dessas vez, os bandidos não levam vantagem. Mas, ilusão, Jesus continuará se entregando sem esboçar qualquer resistência.

Assim como na reprise de um filme, os acontecimentos da Semana Santa transcorrem sem qualquer mudança no “roteiro”, porque foi o que Deus previu. A traição, a prisão, o sofrimento, a crucificação e a morte de Jesus, estavam nos planos para a nossa salvação. Ali, na cruz, o justo pagou o preço que nós, os injustos, deveríamos pagar. Foi um momento triste e doloroso para o Filho de Deus, mas, para nós, foi o momento de salvação.

Hoje, Quinta feira Santa, após a última ceia com os discípulos, Jesus sobe o Monte das Oliveiras para rezar e Judas o entrega aos soldados. O traidor tinha combinado com eles um sinal: “Prendam e levem bem seguro o homem que eu beijar, pois é ele”.

Até amanhã!