Quaresma - justiça e perdão

Quem habitará, Senhor, em vossa casa
ou repousará no vosso monte santo?
Aquele que caminha na perfeição
e pratica a justiça.
Salmo 14:1 e 2

No reino proposto por Jesus não existe limites para o perdão. A vida na comunidade precisa, portanto, basear-se no amor e no entendimento, com a partilha entre todos do perdão que cada um recebeu.
Pedimos a Deus que seja compassivo conosco e Jesus nos convida a estender aos outros o perdão recebido de Deus.

Eu vos chamo, meu Deus,
porque me atendeis;
inclinai vosso ouvido e escutai-me.
Guardai-me como a pupila dos olhos,
a sombra das vossas asas abrigai-me.
Salmo 16:6-8

A proposta do perdão é profundamente incômoda....
Como perdoar aqueles que nos ofendem? Como perdoar aqueles que nos prejudicaram, os que querem o nosso mal, os que despertaram em nós os piores sentimentos? Perdoar não significa aceitar o erro, nem aprovar a injustiça. Perdoar significa romper com as cadeias do ódio, da violência, da vingança e da injustiça.
Inúmeras situações reclamam por justiça, mas o perdão também é necessário. Sim... é difícil! Mas é necessário.
A justiça humana é frágil e imperfeita pois somos limitados. Quem garante que nosso desejo de “justiça” está livre de toda mágoa, de todo rancor, do desejo de vingança? Quem garante que não somos parciais, preconceituosos e radicais em nossos julgamentos?
Por isso, para que a justiça seja plena e verdadeira, o perdão é mais do que necessário.
- Marcos Daniel Ramalho -